As gírias fazem parte do polo social. Esse fenômeno linguístico é usado em diversos segmentos, classes sociais e grupos que se diferenciam e transformam o dialeto numa marca registrada e nada convencional.
Usadas de maneira informal, elas ganharam ainda mais força devido à internet e mídias sociais, além de programas televisivos de público alvo jovem.
Eu gosto das gírias, às vezes parece ser a maneira mais fácil e simples de gerar comunicação, “tá ligado”?
Mas é preciso prestar um pouco atenção na hora de usá-las. Não cairia bem você falar numa audiência: “Fechô Sr. Juiz, é nois!” rs
Quando trabalhei com produção televisiva/pauteiro, era muito comum se comunicar com os entrevistados de maneiras diferentes na hora de colher as informações para a pauta. Trocava à formalidade/informalidade de acordo com a área de atuação da pessoa, facilitando o contato.
Apesar do vai e vêm, elas marcaram décadas, mas mesmo assim é possível ver por aí uma verdadeira salada de gírias. Algo do tipo: “WTF?! Esse parça é batuta. É seu brother ou crush?” (O quê?! Nossa, ele é legal. É seu amigo ou namorado?) Sim, eu sei, é bem “zoado”! rs
À beça: muito
Barra Pesada: perigoso
Bicho: pessoa
Broto: Jovem
Curtição: gostar de algo
Manjei: saber
Goiaba: tolo
Podes crêr: Sim, sei, entendi
Sacou?: Entendeu?
Arrasar: sucesso
Azarar: paquerar
Brega: fora do conceito
Caranga: carro
Careta: antiquado
Coroa: homem velho
Da hora: legal
Deprê: tristeza
Gambé: policial
Grilo: dúvida
Maneiro: muito bom
Mico: passar vergonha
Mina: mulher
Xaveco: conquistar alguém
Animal: muito bom
Bagulho: objeto
Balada: sair à noite
Bolado: bravo
Dimenor: menor de idade
É de lei: sempre
Ficar: “namorar”, mas nada sério
Mauricinho: menino rico
Patricinha: menina rica
Playba: rico e metido
Queimar o filme: passar vergonha
Sinistro: excelente
Truta: amigo
Zoar: bagunçar, tirar sarro
Já os anos 2000:
Bom, você já sabe…